fiquei febril e desconsolado.
na verdade, sem colo, sem peito, nem braço.
espero nunca mais ser eu-mesmo, porque de ter essas
coisas só-minhas já me afundei em mim.
queria rasgar a camisa e emergir num outro tempo,
que assim, fundo nesse breu de resina e choro de árvore
morta, o outro sufoca.
"não sou eu nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio".
e no meio desses dois não há espaço para mim.
e no meu peito eles não cabem mais.
porque tenho os órgãos vitais e os dispensáveis.
porque tenho os pulmões-de-fumaça.
porque o coração arde e palpita
e do estômago eu grito:
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Assinar:
Postagens (Atom)