fiquei febril e desconsolado.
na verdade, sem colo, sem peito, nem braço.
espero nunca mais ser eu-mesmo, porque de ter essas
coisas só-minhas já me afundei em mim.
queria rasgar a camisa e emergir num outro tempo,
que assim, fundo nesse breu de resina e choro de árvore
morta, o outro sufoca.
"não sou eu nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio".
e no meio desses dois não há espaço para mim.
e no meu peito eles não cabem mais.
porque tenho os órgãos vitais e os dispensáveis.
porque tenho os pulmões-de-fumaça.
porque o coração arde e palpita
e do estômago eu grito:
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Oi Tiago, fiz um blog pra mim e depois, por um instante me arrependi, pensando que não haveria pessoas capazes de entender o que escrevia, mas lendo seu blog, vi que a cultura, por parecer ser pouca ainda existe e como dizia Nietszche *O esforço dos filósofos tende a compreender o que os contemporâneos se contentam em viver*.
Um forte abraço!
Vontade de sumir né?!De ser rebelde outra vez, ou ainda...e gritar!
querido. somos todos perdidos em nós mesmos. profundos buracos negros. quanto aos pulmões, tsc tsc tsc tsc. se cuida, menino! :) tantas saudades
nao cabe em si?
Dios santo!!
Mas é o Neruda catarinense!
Saudades de ti.
Que coisa.
Beijos, Kelly
tiago que absurdo que vc é.
manda esse texto lá pro blog coletivo que fizemos. o J colocou algo similar lá hj.
vou lhe passar convite pra atoria lá tá.
valeska
tiagucho, saudade docê!
escuita, tô te convocando/convidando pruma brincadeira coletiva, entra no meu blog, copie as perguntas e responda no teu blog, tô curioso pra ler tuas answers...
quando tu voltas pra ilha! tens que voltar logo, vou embora no fim de fevereiro!
beijão!
Baby
Postar um comentário